Sei que é impossível proibir as crianças de verem TV. Na verdade, nem acho certo, nos tempos de hoje, proibir algo desse tipo. Sempre achei que o mais coerente seria selecionar e orientar quais programas as crianças podem assistir, mesmo os que são indicados para o público infantil. Além, é claro, de colocar um tempo limite para que fiquem ali, em frente à TV. Hoje trago um novo texto da Teresa Ruas – especialista em desenvolvimento infantil e também consultora de Fisher-Price. Ela fala um pouco sobre como a televisão pode influenciar no desenvolvimento das crianças e ajuda a esclarecer algumas dúvidas. Espero que gostem tanto quanto eu.
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Beijo.
“A primeira infância é um período essencial para o desenvolvimento cerebral, cognitivo, afetivo, social, motor e sensorial de toda criança. Esse aspecto já é um consenso entre os especialistas e educadores, porém é importante que os pais e cuidadores compreendam a ‘real’ importância desse começo de vida de toda e qualquer criança.
O cérebro se desenvolve de forma muito rápida e eficaz nos primeiros anos de vida. Porém, o que tem a ver o desenvolvimento infantil e todas as suas transformações, com o dia a dia dos pequenos e com as atividades que oferecemos aos nossos filhos?
Tudo a ver! Afinal de contas, as experiências ambientais influenciam diretamente na expressão e na qualidade do desenvolvimento infantil. E neste post, vou apresentar alguns pontos para que os pais saibam como a televisão pode interferir no desenvolvimento da criançada.
Existe uma discussão ampla sobre os benefícios e malefícios desse recurso tecnológico no dia a dia dos pequenos.
Em termos de malefício, as pesquisas pontuam o quanto a exposição demasiada- mais de duas horas para crianças a partir de 2/3 anos- interfere no desenvolvimento da atenção, da concentração, da linguagem, dos comportamentos sócio- afetivos, como a autoestima, e do sedentarismo, podendo levar à obesidade infantil.
É fácil compreendermos alguns desses aspectos pontuados acima. Por exemplo, quando estamos expostos à televisão com os nossos filhos, conversamos menos com eles, as crianças emitem um menor número de palavras, prestamos menos atenção aos comportamentos emitidos pelos pequenos. Pais e filhos permanecem em uma mesma posição por um tempo prolongado e não observam, com qualidade, os eventos e situações que ocorrem ao redor.
Por outro lado, os especialistas também compreendem que a televisão pode, sim, ser usada em favor do desenvolvimento infantil. Sabe-se que, frequentemente, o que mais prejudica não é a televisão em si e, sim, o tempo de exposição e o conteúdo apresentado aos filhos. O que quero afirmar é que os programas educativos, os canais infantis e os desenhos apropriados para cada faixa etária podem ser um auxílio para o lazer, para a assimilação, para o aprendizado de conteúdos e de situações cotidianas. Desenhos e programas que ilustram a rotina diária de uma criança, que demonstram experiências reais, que exploram situações e sentimentos vivenciados pelos pequenos, explanem conceitos pedagógicos – cores, números, formas, animais, nomes/funções de objetos, entre outros- podem e, devem ter o seu espaço na agenda infantil.
Não podemos nos esquecer de que desenhos e programas com conteúdos apropriados podem, sim, ser um recurso utilizado pelos pais e cuidadores. Porém, mesmo que os programas sejam adequados, nós especialistas orientamos que os pais assistam os mesmos com os seus filhos, e que não os deixem por mais de duas horas em exposição à televisão. Afinal de contas, por mais que existam vários recursos que ajudam no desenvolvimento infantil, é fato, inegável, que o meio que mais auxilia é o próprio brincar, especialmente, com o envolvimento dos pais e de toda a família.
Espero que a leitura tenha sido benéfica. Até o próximo post!
um abraço, Teresa Ruas.”