A Páscoa é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, é a celebração da Ressurreição de Jesus Cristo, depois de sua Morte por crucificação na Sexta feira Santa do ano 30 ou 33 d.C.
A data é comemorada anualmente no primeiro Domingo após a lua cheia na Primavera do hemisfério norte e no Outono do hemisfério sul, acontecendo sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril.
A Páscoa é uma festa cristã de origem judaica, tanto para a tradição judaica como para a cristã tem o sentido de libertação.
A Páscoa judaica ou Pessacch, celebra a travessia do povo judeu do Egito, da escravidão que durou 400 anos, para transformá-los em pessoas livres no ano 2449 a.C.
A festa se inicia na primeira lua cheia do Outono do hemisfério sul e dura 7 dias.
Jesus tinha 12 anos quando foi levado pelos pais para comemorar a Páscoa.
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa“, como narra Lucas 2,41
A Páscoa passou a ser cristã na Quinta feira Santa.
Jesus ceando com seus discípulos acompanhando o ritual da festividade judaica, deixou de ser uma celebração ligada ao povo judeu e passa a ser “a travessia de Jesus pela sua Morte e Ressurreição”.
A Páscoa representa a libertação da escravidão do pecado para todos aos que buscam a salvação de suas almas.
A palavra pecado é um termo latino que significa: “dar um passo em falso, cometer falhas, os pés incapazes de percorrer o caminho com Deus”.
Jesus Cristo passou 33 anos de sua vida de forma grandiosa!
Ensinava que as pessoas precisavam aprender a se desarmar de sua rigidez.
Plantou sementes nos corações, na esperança surpreendente de que germinassem.
Fez um apelo supremo do que há de melhor no interior de cada pessoa; a dignidade, a justiça, a paz entre todos.
“Não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele mesmo me prescreveu o que devo dizer e o que devo ensinar.”
A Última Ceia e a traição de Judas
Antes da festa da Páscoa, os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram:
“Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?”
Jesus respondeu:
“Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe:
O mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa junto com meus discípulos.
Os discípulos fizeram o que Jesus mandou e prepararam a Páscoa“, Evangelho Mateus 26.
“Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas o propósito de entregar Jesus.
Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou na cintura.
Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
Depois, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo.
Compreendeis o que acabo de fazer?
Vós me chamais de mestre e Senhor. Portanto, se eu, o Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros“, Evangelho de João.
Enquanto comiam, Jesus disse:
“Em verdade vos digo: um de vós vai me trair!
Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber de quem falava.
Jesus disse:
É aquele a quem eu der o pão embebido. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas Iscariotes.
Logo que ele engoliu, Satanás entrou nele.
Jesus disse-lhe então:
O que queres fazer, faze-o depressa.
Tendo Judas recebido o bocado de pão, apressou-se em sair”, João 13, 2.
Jesus já sabia que Judas iria traí-lo, mesmo assim, fez um surpreendente gesto de amizade: deu o pão molhado na boca de Judas.
Segundo o costume judaico, a pessoa que recebia o bocado molhado era a mais especial da festa, depois do anfitrião.
Esse ato pode ser entendido como um apelo final de Jesus para que Judas abandonasse seu intento de traição. O momento era aquele, para redimir o seu caráter, revelando profundas feridas maléficas que o acompanhavam…
Judas negou a oportunidades de cura.
“Depois, logo que Judas saiu, Jesus disse:
Filhinhos meus, vós me haveis de procurar, mas para onde eu vou, vós não podeis ir.
Dou-vos um novo mandamento:
Amai-vos uns aos outros.
Como eu vos tenho amado, assim também vós, deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas, depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
Não vos deixareis órfãos. Voltarei a vós“, João 13, 14, 15, 16.
Jesus encorajava os seus discípulos, não deixava que pensamentos negativos perturbassem suas mentes.
Encerrando a ceia, o último canto de despedida de Jesus e seus discípulos.
“Felizes aqueles cuja vida é pura,
e seguem a lei do Senhor.
Felizes os que guardam com esmero seus preceitos
e o procuram de todo o coração;
os que não praticam o mal, mas andam em seus caminhos.”
Salmo 118
Depois Jesus saiu com seus discípulos para o monte das Oliveiras.
Nesta noite sentiu enorme tristeza.
“Minha alma está triste até a morte“, Mateus 26, 38.
Uma angústia suprema tomou conta de sua fragilidade humana.
Sempre soube o que o aguardava, mas a hora fatal havia chegado. Judas, o traidor, conhecia aquele lugar porque Jesus ia frequentemente para lá com seus discípulos, levou guardas que o prenderam para ser interrogado, condenado e crucificado.
O Profeta Isaías já anunciava pelos anos 560 a.C.
“A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores.
Ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes.
A punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura.
Foi maltratado e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro.
Foi atormentado pela angústia e foi condenado.
Ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores“, Isaías 58.
Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado.
Jesus tomou a cruz sobre si, e saiu para o lugar chamado Calvário.
Ali o crucificaram.
Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz:
Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus.
Amarraram numa vara uma esponja embebida em vinagre, e levaram à boca de Jesus.
Ele tomou o vinagre e disse:
“Tudo está consumado.
E inclinando a cabeça, entregou o espírito….”
Depois de sua morte na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro onde permaneceu por 3 dias.
A Páscoa da Ressurreição
Na manhã de Domingo, Jesus saiu do sepulcro quando o seu Espírito e o seu Corpo Ressuscitaram.
Jesus como um homem mortal, entregou a vida e experimentou a morte, para depois retomá-la pela Ressurreição.
A luz da Ressurreição ilumina o mundo dando forças para prosseguir!
A cruz tornou-se o símbolo da nossa salvação;
O triunfo do amor sobre o ódio.
Jesus Ressuscitou! Aleluia!
O mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, mais vale contemplá-lo pela fé do que pela lógica humana, porque o Seu amor excede a todo o entendimento!
Feliz Páscoa a todos!
Abraços,
Jane Fiorentino
Escrito por Jane Fiorentino. – O conteúdo deste post é de inteira responsabilidade do autor.