A SPFW N50 chegou ao fim ontem e pode ser considerada uma edição histórica não só por ter sido a edição especial que comemorou os 25 anos da principal semana de moda brasileira, mas também pela forma como o evento e as marcas adaptaram-se às restrições devido à pandemia da covid-19. A edição N49, que aconteceria em abril, foi cancelada e unificada com a N50 em um único evento.
Foram 32 as marcas participantes da SPFW N50, dentre elas, algumas super tradicionais e conhecidíssimas do público como Gloria Coelho, Ronaldo Fraga e Fernanda Yamamoto, outras novíssimas, vindas do Projeto Estufa e outras da Casa de Criadores, como Freiheit, Ão, Led, Korshi 01, Renata Buzzo e outras ainda de nomes como Rita Comparato (da antiga Neon, agora com a Irrita), Alexandre Hertchcovitch (ÀLG), Isabella Capeto e que fizeram parte da São Paulo Fashion Week no passado e não marcavam presença há anos.
Muito alinhada ao momento atual em todos sentidos
Não foram só os desfiles que aconteceram com o equipe enxuta, sem público físico e com transmissão digital que fizeram desta edição um marco. Como moda e arte caminham juntas, a N50 contou com intervenções urbanas, no centro de São Paulo, de artistas como Felipe Morozini (instalação), Alexis Anastasiou (projeções audiovisuais), Marcelo Soubhia (fotografia), Nayara Romana e Julia Brandão (dança). Outra novidade que mostra o avanço e contribuição social da moda brasileira é que a SPFW, junto com o movimento Pretos na Moda, decretou que pelo menos 50% do casting de todas as marcas deveria ser composto por modelos negros, afrodescendentes, indígenas e asiáticos. Moda é inclusão!
Tendências da SPFW N50
Essa edição da São Paulo Fashion Week deu um show de criatividade e moda autoral, com criações autênticas, não só carregadas de identidade da marca como também como uma assinatura bem brasileira. É possível encontrar tendências que também apareceram nas passarelas internacionais, mas em propostas muito próprias, alinhadas com conceitos de conforto, versatilidade e, principalmente, atemporalidade – o que incluiu a revisitação de peças de coleções passadas.
As tendências mais marcantes foram:
Estamparia artesanal
Serigrafia, pintura a mão e outras técnicas artesanais de estampas apareceram em diversas marcas, especialmente, Fernanda Yamamoto e Isaac Silva.
Crochê
Trabalhos artesanais como crochê com bordados estiveram presentes especialmente nas marcas mais novas, saídas do Projeto Estufa e Casa de Criadores.
Volumes
Babados e mangas bufantes marcaram presença nas semanas internacionais e na SPFW também.
Modelagens amplas
Vestidões, casacos e blusas oversized marcaram presença em várias coleções. Juliana Jabour foi uma das marcas que apostou forte nessa tendência.
Plissado
De vestidos à calcas, em peças de alfaiataria ou de festa, os plissados são uma tendência que vale a pena ficar de radar ligado.
Essas foram as principais tendências que apareceram nas passarelas brasileiras. Confira também as tendências primavera-verão da temporada de semanas internacionais de moda.
Simplesmente perfeito.