Os efeitos dos sons na mente humana têm suas raízes na sabedoria cujas origens se perdem no tempo.
Os sons da natureza sempre fascinaram e influenciaram profundamente os seres humanos.
O homem antigo conhecia e vivenciava espontaneamente a influência dos sons e seus efeitos: pelo medo dos trovões, pela tranquilidade da chuva fina, pelo canto dos pássaros, o marulhar das ondas numa praia, o vento nas árvores, um riacho correndo sobre as pedras…
É incontestável a enorme influência do som sobre os seres humanos
Homero, famoso historiador grego, afirmava que a música foi uma dádiva divina para o homem: com ela poderia alegrar a alma e assim apaziguar as perturbações de sua mente e de seu corpo.
Na arte renascentista, as figuras de anjos tocando instrumentos sugerem a relação da música com sons espirituais.
A música pode alcançar dimensões profundas e sublimes, despertando a percepção daquilo que é superior, ou evocar sentimentos negativos.
Sons agressivos, com volume excessivamente alto, podem sobrecarregar o sistema nervoso e provocar tensão emocional.
Assim, conforme a qualidade da música, o som pode beneficiar ou agredir o organismo.
Baseado nos estudos da música clássica, o psiquiatra inglês Robert Schauffer observou os seguintes efeitos dos instrumentos sobre o organismo:
Piano – combate a depressão e a melancolia
Violino – combate a sensação de insegurança
Flauta doce – nervosismo e ansiedade
Violoncelo – incentiva a introspecção
Metais de sopro – inspiram coragem
Música clássica
A música clássica transforma o ouvinte, tornando-o mais sensível. Mesmo se isso não ocorre de imediato, o ato de ouvir abre o campo da percepção, à medida que se torna mais frequente.
Se as doenças, tensões e neuroses são basicamente causadas pelas pressões da vida, a música clássica pode nos despertar para as sutilezas de um mundo repleto de sentimentos que agem e beneficiam nosso que sistema nervoso.
Segundo os especialistas, musicas harmônicas podem provocar efeitos antiestresse, antineurótico e tranquilizante, estimulando a energia vital, produzindo harmonia, combatendo a insônia, o nervosismo, o medo excessivo.
Algumas obras de grande compositores clássicos despertam pensamentos e sentimentos puros:
Ave Maria e Serenata, de Schubert.
Réquiem, Opus 48, de Fauré.
Noturno, Opus 48, de Chopin.
Rêverie, de Schumann.
Abertura e Marcha Triunfal da ópera Aída, de Verdi.
Marcha da Festa, do Tannhauser, de Wagner.
Sonho de Amor, de Liszt.
O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky.
Canção da Primavera e Sonho de uma Noite de Verão, de Mendelssohn.
Guilherme Tell (Abertura), de Rossini.
Ária para a Quarta Corda, de Bach.
Os Quatro Improvisos, de Chopin.
Ritmos que podem perturbar
Segundo o neuropsiquiatra francês Baoudoresque,o excesso e a frequência de ruídos dissonantes podem provocar desordens psíquicas e afetar diversos órgãos do corpo.
O ouvido humano está preparado para resistir a ruídos de alta intensidade apenas durante curtos períodos.
Após pouco mais de uma hora ouvindo sons intensos de aproximadamente 100 decibéis, o sistema nervoso necessita de 40 horas para se recuperar dessa espécie de “trauma”. Diante disso, é fácil imaginar os danos provocados pela vida numa cidade grande, ou em locais com frequentes ruídos fortes.
Músicas em ritmos como o rock, embora funcionem como estimulantes, exercem efeito dispersivo sobre o sistema nervoso, impedindo a concentração e o relaxamento natural.
O excesso e a frequência desses ruídos podem provocar algumas desordens psico-orgânicas, como:
– Perda ou redução da capacidade auditiva (quando acima de 65 decibéis)
–Redução do tempo de sono normal.
– Distúrbios do estômago e úlceras.
– Agravamento de doenças cardíacas.
– Maior tendência a neuroses.
A obra sublime de Beethoven
Um dos maiores mestres da música, considerado o mais profundo, pois viveu em estreita conexão com o plano insondável da alma humana, incompreensível para alguns e inatingível para muitos.
Foi através de sua obra que ele procurou transmitir um pouco daquilo que sua alma extremamente sensível teve acesso.
Suas Sinfonias podem gerar profundas mudanças na vida de seus ouvintes.
Primeira Sinfonia e Segunda Sinfonia – agem profundamente em mentes passivas.
Terceira Sinfonia – contribui para equilibrar o sistema nervoso e o pessimismo.
Quarta Sinfonia – transmite forte sentimento altruísta, ajudando nos sentimentos negativos como ódio e egoísmo.
Quinta Sinfonia – estimula a reflexão pessoal.
Sexta Sinfonia – desperta a criatividade e estimula a esperança.
Sétima Sinfonia – encoraja o caminho da espiritualidade.
Oitava Sinfonia – eleva o discernimento, ampliando a consciência.
Nona Sinfonia – induz à devoção, elevando os sentimentos da alma.
(Fonte: Livro de medicina natural, Dr. Márcio Bontempo)
A linguagem da música é um mundo sem palavras, mas que pode alcançar a dimensão mais profunda daquilo que é superior e ilimitado, quando se ultrapassa o que foi estabelecido como limite dos sentidos humanos.
Abraços,
Jane Fiorentino
O conteúdo deste post é de inteira responsabilidade do autor. – escrito por Jane Fiorentino.
Excelente post!
Sou especialista em Musicoterapia e meu propósito de vida é ajudar o ser humano através da Música.
É de suma importância o esclarecimento dos inúmeros benefícios do som para gerar equilíbrio físico, mental, emocional no ser humano.
Desenvolvo um Projeto juntamente com a fisioterapeuta Claudia Marchetti chamado Massagem e Musicoterapia para bebês e crianças As primeiras conexões do ser humano com o mundo são através do som e do
toque. Essa memória afetiva ajuda a nos reconectar com nossas emoções e é
ativada através destes dois importantes recursos terapêuticos.
Estamos buscando pessoas que se interessem em divulgar este trabalho, pois acreditamos que pode ser de grande valia às famílias.
Abraços.
Márcia Bertti